A produção da minissérie “Rei Davi” está sendo supervisionada de perto por bispos da Igreja Universal do Reino de Deus. Os bispos que comandam a emissora revisam cada linha do roteiro e impõem adaptações doutrinárias à roteirista Vivian de Oliveira e ao diretor Edson Spinello.
De acordo com a revista Veja uma dessas intervenções aconteceu em relação a uma cena de bruxaria que seria exibida no segundo episódio da produção. “Os bispos queriam que a feitiçaria fosse mostrada como algo grotesco, pois temiam endossar um culto do mal”, afirmou uma fonte da revista.
E essa não foi a única intervenção, visto que “Rei Davi” é um empreendimento feito em total harmonia entre a Igreja Universal e a TV Record, ambas instituições lideradas por Edir Macedo.
Os fiéis da igreja são instruídos, via internet e nos cultos da denominação a assistirem a série bíblica. A produção chegou a liderar em audiência, na frente até mesmo da Rede Globo.
Cristiane Cardoso, filha de Edir Macedo e apresentadora de um programa na Record, também falou sobre o tema em seu blog: “O rei Saul tentou matar Davi porque Davi tinha o que ele não tinha: Deus”.
O crivo da Igreja Universal não foi a única censura à qual a minissérie foi submetida. Antes classificada com o selo de livre, a produção foi reclassificada como imprópria para menores de 14 anos, impedindo sua exibição antes das 21h. O Mistério da Justiça havia considerado o material improprio para menores de 14 anos por conter cenas de mutilação, assassinato e lesão corporal.
A Record recorreu da decisão alegando que a obra apresentava “conteúdo educativo e religioso”. O MJ entendeu e concordou em baixar classificação para “não recomendada a menores de dez anos”.
Fonte: Gospel+
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