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Uma pesquisa mostrou que o vício em sexo é realmente um distúrbio de
saúde mental, que pode ser facilmente diagnosticado com precisão.
Publicado no periódico Journal of Sexual Medicine, o estudo da
Universidade da Califórnia em Los Angeles (EUA) sugere que, através de
alguns parâmetros, pessoas com a chamada desordem ou distúrbio
hipersexual podem ser corretamente diagnosticadas com a doença.
Não há métrica para se dizer quanto sexo é muito sexo, embora o estudo
que testou alguns critérios para o vício em sexo descobriu que os
viciados relatam uma média de 15 parceiros em um ano.
O psicólogo e professor de psiquiatria Rory Reid liderou a pesquisa. Os
cientistas entrevistaram 207 pacientes em clínicas de saúde mental por
todos os EUA (a maioria dos pacientes eram homens brancos), cerca de 150
dos quais procuraram ajuda para seus problemas de dependência de sexo, e
cerca de 50 estavam em busca de tratamento para depressão ou ansiedade.
Os critérios usados pelos pesquisadores foram bem sucedidos em
diagnosticar 88% dos pacientes viciados em sexo como hipersexuais. Por
outro lado, 93% dos pacientes que procuraram ajuda para outras doenças
não satisfizeram os critérios para elas.
As pessoas diagnosticadas com distúrbio hipersexual não eram pessoas
comuns que assistiam pornô e faziam sexo com frequência. Eram pessoas
que disseram que não podiam controlar seus impulsos, que até perderam o
emprego por causa da sua incapacidade de abster-se de pornografia no
trabalho.
Dos 207 pacientes examinados, 17% tinham perdido um trabalho pelo menos
uma vez, 39% tiveram um fim de relacionamento, a maioria disse que já
tinha magoado um ente querido (68% magoaram pessoas queridas várias
vezes), mais da metade tinha perdido dinheiro, 28% contraíram uma
infecção transmitida sexualmente, e 78% consideraram que os
comportamentos associados à sua hipersexualidade interferiram na
possibilidade de terem sexo saudável – tudo isso por causa do distúrbio.
“Não é que um monte de pessoas não corra riscos sexuais de vez em
quando, ou use sexo de vez em quando para lidar com o estresse”, disse
Reid. “Mas, para esses pacientes, é um padrão constante que se agrava,
até que seu desejo sexual controle todos os aspectos de suas vidas”.
O diagnóstico
Depois de analisar cada paciente, os pesquisadores chegaram a algumas
definições do que é vício em sexo. O vício em sexo é formalmente chamado
de “desordem hipersexual”, e é muito mais do que apreciar sexo mais do
que o normal. Os critérios para a doença são:
Um padrão recorrente de fantasias sexuais, impulsos e comportamentos com
duração de seis meses ou mais, que não são causados por outros fatores
como o abuso de substâncias, outra condição médica ou episódios maníacos
associados com transtorno bipolar;
Um padrão de atividade sexual em resposta a estados de humor
desagradáveis, como o sentimento de depressão, ou um padrão de usar
repetidamente o sexo como uma maneira de lidar com o estresse;
Falta de capacidade de reduzir ou interromper as atividades sexuais que o paciente acredita serem problemáticos;
Evidência de “angústia pessoal” causada pelo comportamento, como interferência com o trabalho ou relacionamentos.
Embora esses critérios pareçam bastante gerais, os pesquisadores afirmam
que os profissionais de saúde mental poderiam usar esses sintomas para
diagnosticar corretamente pessoas com um vício clínico em sexo, como
eles fizeram no estudo.
Doença catalogada
Essa nova pesquisa pode impulsionar os esforços para incluir o vício em
sexo no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, uma
espécie de “manual de instruções” de várias condições mentais, que são
catalogadas junto com seus critérios para auxiliar profissionais no
diagnóstico de doenças mentais, de autismo a esquizofrenia.
O manual está passando por sua primeira grande revisão em mais de uma
década, o que há um tempo vêm provocando debates acalorados sobre quais distúrbios devem e não devem ser incluídos nele como verdadeiras doenças, incluindo a dependência de sexo.
O vício em sexo tem chances de ser incluído no manual, já que,
recentemente, especialistas criaram uma nova definição de vício (no
geral) que o coloca como sendo uma desordem cerebral crônica, e não
simplesmente um problema de comportamento que pode envolver álcool,
drogas, jogos de azar ou sexo.
A definição foi feita pela Sociedade Americana de Medicina do Vício
(ASAM, na sigla em inglês), após um processo de quatro anos envolvendo
mais de 80 especialistas. A conclusão foi de que o vício, na sua
essência, não é apenas um problema social, moral ou criminal. É um
problema cerebral cujos comportamentos se manifestam em todas essas
outras áreas.